quinta-feira, 21 de junho de 2018

ORÓS. Sem salários, servidores da Educação vão paralisar segunda.

Último pagamento recebido pela categoria foi do mês de abril.


Servidores da Educação do Município de Orós que fazem parte dos 40% do Fundeb decidiram paralisar nessa segunda-feira por conta dos constantes atrasos de pagamento.

A nova série de atrasos se iniciou ainda em novembro de 2017. De lá pra cá centenas de funcionários públicos efetivos recebem pagamentos de 2 em 2 meses, o que tem causado grandes transtornos aos servidores.

Em declarações no grupo do Sindicato da categoria, agentes públicos revelam que a situação está insustentável. Há relatos de ameaças de despejo pela dificuldade em pagar alugueis e principalmente de manter o sustento das famílias, já que um salário não dá para bancar as despesas com alimentação e higiene de uma casa durante dois meses.

O estopim da paralisação foi a declaração de integrantes do Governo Simão Pedro que ontem, dia 20 de junho, declarou que não haveria pagamento para os 40% do Fundeb, pois os repasses feitos pelo Governo Federal daria apenas para pagar dívidas com o INSS e que talvez dia 30 de junho seria feito o pagamento de maio.

QUEM SÃO OS 40% DO FUNDEB

Esse grupo de servidores, para que a população possa entender melhor, é composto pelos vigias, secretários escolares, agentes administrativos lotados nas escolas e Secretaria de Educação, merendeiras, pessoal da limpeza, motoristas de ônibus, etc.

PARTE DOS PROFESSORES TAMBÉM DIZEM PARALISAR

Alguns professores também disseram que pretendem participar da paralisação de segunda-feira. A razão é que os atrasos também os atingem, uma vez que a o Governo Simão faz uma espécie de rodízio de pagamentos - quem recebe em dias num determinado mês, no outro fica atrasado e quem estava atrasado recebe em dias no mês seguinte. Segundo os profissionais do magistério nada garante que próximo mês sejam eles que irão ficar dois meses sem receber salário, por isso analisam a possibilidade de aderirem em massa à paralisação

GOVERNO SIMÃO CORTA SALÁRIO DOS 40% E ZOMBA DO JUDICIÁRIO

Os atrasos de pagamentos acontecem desde o primeiro mandato da gestão do prefeito Simão Pedro, fazendo com que o sindicato da categoria - Sindserpmo - entrasse com ação judicial para normalizar a situação. O pedido do sindicato foi deferido e a justiça sentenciou a prefeitura a pagar os salários até o 5º dia útil do mês seguinte ao trabalhado, o que vem sendo desobedecido pelo prefeito.

Outra questão é o corte da progressão salarial - um aumento de 2,5% do salário base a que os servidores têm direito desde março desse ano. Por conta de uma demora na publicação da lei de iniciativa do prefeito que pretendia o corte dessa progressão, o projeto aprovado pela maioria dos vereadores perdeu a validade, entretanto, a prefeitura se nega a pagar os 2,5%.

RISCO DE FICAR SEM O TERÇO DE FÉRIAS

Como o pagamento desses servidores provavelmente acontecerá dia 30 de junho, último dia do mês e as escolas entram de férias já no dia 29,  certamente não haverá dinheiro para fazer o pagamento de junho e muito menos o adicional de um terço da remuneração referente ao gozo de férias, direito constitucional. 

Por essas razões os servidores decidiram paralisar nessa segunda-feira, com o objetivo de fazer com que a Administração efetue o pagamento em dias, devolvendo à dignidade do sustento dessas famílias e também uma melhor circulação do dinheiro no comércio local que já tem sentido os impactos dos atrasos dos pagamentos. 

Os servidores pedem apoio de toda a sociedade.

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