O Governo Municipal de Orós sempre ao efetuar o
pagamento dos servidores posta em sua página oficial uma nota divulgando esse “incrível”
feito. Claro que pagamentos em dia é algo realmente importante e gera mais
confiabilidade nas transações comerciais com os servidores, mas está longe de
ser um ato que exalte o trabalho de uma administração.
Pagamento de funcionário é a parte mais básica na
relação de trabalho. Acontece que as coisas na Administração Pública de Orós já
estiveram tão ruim que o simples fato de pagar sem atraso parece uma atitude
digna de louvor, é aquela velha história de tirar o alimento para gerar fome e
depois surgir oferecendo grãos para cair nas graças do povo.
Mas será que a Prefeitura realmente está em dia com os
servidores municipais? É claro que não!
Para quem não se lembra, o Município em 2013
ignorou a tabela salarial do Plano de Salários e pagou para todos os servidores
o vencimento base de 1 salário mínimo, na época R$ 678,00 reais, o motivo da
greve naquele ano.
Após ações judiciais e decisão do ex-Ministro do
STF, Joaquim Barbosa, favorável aos servidores oroenses, o Governo Municipal
cumpriu o Plano em 2014, porém, não pagou a diferença que subtraiu dos salários dos servidores, por omissão.
Cada Motorista II, por exemplo, teve um prejuízo de
mais de R$ 1 mil reais durante o ano de 2013 e isso se repetiu com inúmeros
servidores. Resta agora esperar pela decisão judicial que obrigue a prefeitura
restituir as subtrações remuneratórias.
Em agosto do ano passado a Administração também
resolveu não pagar os salários dos servidores que se candidataram nas eleições
de 2016. O caso está sendo analisado pelo Ministério Público Eleitoral.
Atualmente a Administração negou, sob argumentos
inconcludentes, a gratificação de 10% do salário base determinada pelo Plano de
Cargos, Carreiras e Salários para quem adquirir nível superior e/ou pós
graduação, a depender do cargo que ocupa. Mais dinheiro que o servidor perde.
‘‘Apesar da crise e das dificuldades, nós estamos
trabalhando diuturnamente para melhorar a qualidade de vida de nossa população..."
– Disse o prefeito Simão Pedro, na nota.
Vale lembrar que o prefeito de Orós, nesse cenário
de crise e dificuldades, onde o orçamento teve um aumento de quase 15 % em
2016, ele sancionou uma lei totalmente ilegal, isso porque ela lhe concedia um
aumento de R$ 2.500 reais no seu salário, mais R$ 1.500 para o vice e R$ 562,50
para cada um dos 9 secretários municipais.
Não há dúvida de que pagamento regular é benéfico,
aliás, mostra que a Administração tinha recursos para isso e que os atrasos
constantes nada mais era que o fruto da má gestão dos recursos disponíveis.
Das duas, uma: Se a crise e a dificuldade ainda persiste, o pagamento em dia demonstra que os atrasos antes ocorridos era uma questão apenas de má administração, já que o cenário não mudou. Ou, então, a crise foi embora e a entrada de mais recursos propiciou os pagamentos em dia, o que demonstra uma certa mentirinha da nota ao falar de crise, só para supervalorizar a regularidade dos pagamentos.
Para concluir, o que quero dizer é que, mesmo com pagamentos regulares, as coisas não estão nada boa para os servidores oroenses.
Para concluir, o que quero dizer é que, mesmo com pagamentos regulares, as coisas não estão nada boa para os servidores oroenses.
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