Em termos percentuais, o crescimento do dinheiro arrecadado pelo Governo de Orós foi de 14,70%, atrás apenas dos 18,63% do município de Iguatu, que obteve o maior crescimento da Microrregião, a qual abrange as cidades de Orós, Cedro, Icó, Iguatu e Quixelô. Sobre o Fundo de Participação dos Municípios – FPM, o TCM publicou (confira) que houve um crescimento de 15,73% em 2016, subindo de R$ 15.643.769,48 em 2015 para R$ 18.104.137,99 até o final do ano passado.
O curioso desse Relatório é que ele desmente os argumentos de crise tanto alardeado pelos vereadores da bancada de apoio ao prefeito Simão Pedro. Em um breve histórico, a bancada do prefeito na Câmara votou unânime a favor do pacote de ajuste fiscal que cortou 100% das gratificações e representações dos servidores, efetivo e temporários, além do corte em diversos setores sociais e econômicos. Também os mesmos vereadores, em janeiro de 2017, congelaram os salários dos professores, aprovando um reajuste abaixo do Piso Nacional. Recentemente o vereador líder da situação, Luís de Zé Galego, orientou toda a bancada pela rejeição do Projeto de Lei que garantia o pagamento dos servidores efetivos municipais até o 5º dia útil do mês seguinte, sempre utilizando o velho argumento de crise.
Na mesma sessão ordinária onde o projeto que definia data para pagamento dos servidores efetivos foi reprovado, o vereador e ex-presidente da Casa, Porfírio Viana, repetiu várias vezes em alto tom que Orós enfrenta uma grande crise financeira e que se não fosse a crise o Município estaria bem melhor. Das duas, uma: Ou os vereadores que esbravejam crise no município de Orós mentem, de boa ou má fé, ou não estudam as pastas com os resumos das execuções orçamentárias enviados periodicamente à Câmara para fiscalização.
O fato é que mesmo alegando veementemente e de modo reiterado a crise financeira, nem os vereadores da base do prefeito, nem a própria Administração apresentou dados concretos que evidencie tal crise, amplamente usada como pano de fundo para aprovar e reprovar leis em desfavor da coletividade. De certo mesmo só temos os dados do TCM, que mostra crescimento em todo o dinheiro arrecadado pelo município anualmente. Mas, como disse o primeiro ministro do Reino Unido, Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial: Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir. Então, viva a crise – a de bom senso.
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