quinta-feira, 13 de abril de 2017

ORÓS. Prefeitura teve 2ª maior arrecadação da Microrregião do Iguatu em 2016.

Orós foi o segundo município com maior crescimento no orçamento em 2016, ficando atrás apenas de Iguatu. Os dados constam do Relatório de Acompanhamento Gerencial publicado pelo Tribunal de Contas dos Municípios do Ceará – TCM/CE e mostram que as receitas efetivamente arrecadas até o final do ano passado, ou seja, retirando todos os descontos legais, Orós arrecadou exatos R$ 46.178.900,70 (quarenta e seis milhões, cento e setenta e oito mil, novecentos reais e setenta centavos) ante os R$ 40.259.126,31 (quarenta milhões, duzentos e cinquenta e nove mil, cento e vinte e seis reais e trinta e um centavos) de 2015.



Em termos percentuais, o crescimento do dinheiro arrecadado pelo Governo de Orós foi de 14,70%, atrás apenas dos 18,63% do município de Iguatu, que obteve o maior crescimento da Microrregião, a qual abrange as cidades de Orós, Cedro, Icó, Iguatu e Quixelô. Sobre o Fundo de Participação dos Municípios – FPM, o TCM publicou (confira) que houve um crescimento de 15,73% em 2016, subindo de R$ 15.643.769,48 em 2015 para R$ 18.104.137,99 até o final do ano passado.


O curioso desse Relatório é que ele desmente os argumentos de crise tanto alardeado pelos vereadores da bancada de apoio ao prefeito Simão Pedro. Em um breve histórico, a bancada do prefeito na Câmara votou unânime a favor do pacote de ajuste fiscal que cortou 100% das gratificações e representações dos servidores, efetivo e temporários, além do corte em diversos setores sociais e econômicos. Também os mesmos vereadores, em janeiro de 2017, congelaram os salários dos professores, aprovando um reajuste abaixo do Piso Nacional. Recentemente o vereador líder da situação, Luís de Zé Galego, orientou toda a bancada pela rejeição do Projeto de Lei que garantia o pagamento dos servidores efetivos municipais até o 5º dia útil do mês seguinte, sempre utilizando o velho argumento de crise.

Na mesma sessão ordinária onde o projeto que definia data para pagamento dos servidores efetivos foi reprovado, o vereador e ex-presidente da Casa, Porfírio Viana, repetiu várias vezes em alto tom que Orós enfrenta uma grande crise financeira e que se não fosse a crise o Município estaria bem melhor. Das duas, uma: Ou os vereadores que esbravejam crise no município de Orós mentem, de boa ou má fé, ou não estudam as pastas com os resumos das execuções orçamentárias enviados periodicamente à Câmara para fiscalização.

O fato é que mesmo alegando veementemente e de modo reiterado a crise financeira, nem os vereadores da base do prefeito, nem a própria Administração apresentou dados concretos que evidencie tal crise, amplamente usada como pano de fundo para aprovar e reprovar leis em desfavor da coletividade. De certo mesmo só temos os dados do TCM, que mostra crescimento em todo o dinheiro arrecadado pelo município anualmente. Mas, como disse o primeiro ministro do Reino Unido, Winston Churchill, durante a Segunda Guerra Mundial: Uma mentira dá uma volta inteira ao mundo antes mesmo de a verdade ter oportunidade de se vestir. Então, viva a crise – a de bom senso.

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